Eles não são simples mascotes. São entidades — símbolos forjados no fogo do metal, moldados na rebeldia e eternizados no imaginário dos fãs. Cada um deles carrega uma identidade própria, um universo visual que transcende capas de álbuns e se transforma em parte viva da história do rock. São mais que personagens: são arquétipos. São bandeiras. São o espírito do metal materializado.
Desde sua primeira aparição, Eddie se tornou inseparável do Iron Maiden. Ele já foi zumbi, faraó, guerreiro futurista, piloto da Segunda Guerra Mundial e até samurai.
A genialidade do Eddie está na sua capacidade de evoluir com cada álbum, sem perder a essência sombria e irreverente que o transformou em um símbolo global.
Não é exagero dizer: Eddie é o mascote mais reconhecido da história da música — amado até por quem nunca ouviu Iron Maiden.
Se Eddie representa metamorfose, Vic Rattlehead é a personificação de uma filosofia.
Olhos vendados, boca selada, ouvidos fechados — “See no evil, hear no evil, speak no evil”.
Dave Mustaine criou Vic como crítica direta à censura e ao controle social.
Hoje, Vic é o grito visual do Megadeth: silencioso na aparência, mas ensurdecedor em significado.
Um ícone que traduz o thrash metal em forma e atitude.
Também chamado War-Pig, o híbrido metálico de fera e máquina é tão brutal quanto o som do Motörhead.
Com dentes de javali, capacete militar e engrenagens demoníacas, Snaggletooth parece sempre prestes a arrancar em velocidade máxima.
É o retrato perfeito da banda: sujo, veloz, agressivo, visceral.
Um rugido gráfico tão feroz quanto o baixo de Lemmy.
O Helloween deu vida a um dos símbolos mais carismáticos do metal: o Pumpkin Man, a clássica abóbora misteriosa que aparece nas capas, artes e shows.
Ele combina humor sombrio com fantasia, traduzindo tudo o que o power metal representa — épico, criativo e sempre maior do que a realidade.
Uma figura que cresce junto com a banda e se tornou sinônimo de sua identidade.
Talvez o mais minimalista e ao mesmo tempo o mais poderoso da lista.
Originalmente personagem de um seriado dos anos 40, o Crimson Ghost renasceu nas mãos do Misfits e virou o rosto definitivo do horror punk.
Ele não representa apenas uma banda, mas um movimento inteiro — um símbolo que transcendeu o rock e domina camisetas, jaquetas e tatuagens pelo mundo.
Se colocados lado a lado, Eddie, Vic, Snaggletooth, Pumpkin Man e Crimson Ghost formariam um verdadeiro panteão do rock.
Mais do que ilustrações, eles são mitos modernos, guardiões de eras e estilos, cada um carregando uma parte da alma do metal.
São rostos, corpos e criaturas que nos lembram do que o rock sempre foi: rebeldia, identidade, liberdade e um grito que jamais se cala.